O que o olho do sapo diz ao cérebro do sapo
O sapo é um curioso exemplo de economia visual que impressionou os cibernistas Lettvin, McCuloch, Maturana e Pitts na tese “O que o olho do sapo diz ao cérebro do sapo.” Essa tese contribuiu também para que os pesquisadores McCuloch e Walter Pitts se tornassem famosos, ainda na década de 40, por teorizarem e conceituarem as chamadas redes neurais artificiais.
Conforme os estudos realizados num sapo, o que o olho diz resulta da soma do que informam as quatro camadas da retina:
1) A primeira camada detecta apenas contornos pequenos e nitidamente destacados do fundo;
2) A segunda exige que o objeto seja convexo ou globular;
3) A terceira só detecta o que estiver em movimento. Assim, o sapo só vê o que for pequeno, globoso, destacado ao fundo e voando. Se os insetos permanecerem imóveis, salvarão a sua própria vida e o sapo morrerá de fome;
4) A quarta é sensível a bruscas diferenças de luz e sombra. Esta não é mais para a alimentação, mas para a sobrevivência do sapo. Ela detecta a chegada de algum animal de grande porte que possa esmagá-lo (de ser engolido ele não tem medo).
Um comportamento muito parecido ao que se refere à alimentação também foi percebido em outros animais, gaivotas, por exemplo.