Embora o computador seja seguidamente personificado, há uma importante distinção entre suas características e as da mente humana. Máquinas algorítmicas são projetadas para executarem tarefas precisamente definidas, com velocidade e exatidão, e fazem isso extremamente bem. Todavia, máquinas são desprovidas de bom senso. Quando diante de uma situação não prevista pelo programador, é provável que o seu desempenho caia sensivelmente. A mente humana, embora, em geral, tenha dificuldades com cálculos complexos, é capaz de compreender e deduzir. Por conseguinte, embora a máquina consiga ultrapassar o ser humano no cálculo das soluções de problemas de física nuclear, por exemplo, o ser humano, provavelmente, está muito mais apto a compreender os resultados e a determinar qual deve ser o próximo cálculo a ser realizado.
Se desejarmos construir máquinas capazes de avançar mesmo ao se defrontarem com situações inimagináveis ou imprevisíveis, elas terão de tornar-se mais parecidas com o ser humano; isto é, deverão possuir (ou pelo menos simular) a capacidade de deduzir. Conscientes desta necessidade, os cientistas da computação dirigiram suas atenções para os psicólogos e seus modelos acerca da mente humana, na esperança de descobrir os princípios que poderiam ser aplicados à construção de máquinas e programas mais flexíveis. O resultado indicou uma constante dificuldade de distinção entre as pesquisas de um psicólogo e as de um cientista da computação. A diferença não está no que eles fazem, mas, sobretudo, nos seus objetivos. O psicólogo procura aprender mais sobre a mente humana, enquanto que o cientista da computação busca a construção de máquinas mais úteis.