“Viver muito. Eis a ambição de quase todos.
Poucos, porém, têm ambição de viver bem.”
(John Hughes)
O espiritismo é uma filosofia com bases científicas e conseqüências religiosas. No campo científico faz a prova da sobrevivência da alma. Como filosofia vem trazer luz sobre problemas como a existência de Deus, da alma da reencarnação, do livre arbítrio e do determinismo, das causas e objetivos dessa existência na Terra. Como religião orienta o homem no sentido do ensino moral do Evangelho de Cristo, e é a revivescência do cristianismo na pureza e na simplicidade dos tempos de Jesus e da época apostólica.
Não tem dogmas, rituais, liturgia, sacerdócio organizado, santos. Não se utiliza incenso, velas, amuletos, não tem ligação com quiromancia e cartomancia, etc.
Os princípios fundamentais da doutrina espírita são:
1) Deus;
2) evolução;
3) reencarnação;
4) sobrevivência da alma;
5) lei de causa e efeito;
6) pluralidade dos mundos habitados.
Deus: O espiritismo não conhece o Deus Uno e Trino (Pai, Filho, Espírito Santo) dos cristãos, mas somente o Deus Uno. Deus existe, pois não há efeito sem causa. Também há nos homens um sentimento instintivo que lhes diz: “Deus existe”.
Segundo o espiritismo, o dogma da Santíssima Trindade foi criado na Idade Média.
Anjos: O espiritismo não fala em anjos, mas em espíritos desencarnados que chegaram ao grau máximo de perfeição. Para os cristãos, judeus e islamitas os anjos são espíritos que jamais encarnaram.
Demônios: Também não usa esta terminologia, mas fala em espíritos maus, espíritos imperfeitos que praticam o mal no espaço.
Homem: O corpo é temporário, invólucro da alma; e é seu instrumento, mas somente necessário nos primeiros graus de progresso, na infância e adolescência da alma. Chegando esta a um certo grau de perfeição, essa união com o corpo é prescindível, fazendo-se o progresso na sua vida de espírito.
Segundo Allan Kardec, todas as almas foram criadas por Deus totalmente iguais e destinadas a evoluir irresistivelmente rumo à perfeição, sem possibilidade de retrocesso. Deus criou as almas desde toda a eternidade (preexistência). A doutrina cristã católica diz que Deus cria a nossa alma imortal no momento da concepção (não há preexistência).
Perispírito – envolvendo o germe de um fruto há o perisperma. Do mesmo modo uma substância que, por comparação, se pode chamar de perispírito, serve de envoltório ao espírito propriamente dito. Não existe alma sem perispírito. chama-se também corpo astral, corpo fluídico da alma, corpo psíquico, ectoplasma. Esse é de matéria etérea (energia metafísica): sua substância é haurida do fluido universal ou cósmico, que o forma e alimenta como o ar forma e alimenta o corpo material do homem. Atravessa todas as matérias. O espírito manda no perispírito e muda-lhe as qualidades, dá-lhe as aparências que quiser: visibilidade, tangibilidade, opacidade. Nesses casos o perispírito pode denotar calor, ser apalpado, oferecer resistência de um corpo sólido; agarra os circunstantes, deixa marcas na pele, dá pancadas e, de súbito, dissipa-se na sombra. É assim que um espírito se faz visível a um encarnado que possua a vista psíquica. Cria objetos. Assim, pessoas podem entrar em contato com outras pessoas através de seu perispírito e perceber pensamentos por intuição (Ex.: – Mas você me tirou a palavra da boca! Ou: – Era isso mesmo que eu estava pensando).
A comunicação dos médiuns com os espíritos é possível através dos perispíritos, esses devem estar num mesmo grau de afinidade. Todos os fenômenos extraordinários, milagres, são explicados pelo perispírito. Portanto, para os espíritas não há milagres.
Pecado original: Não existe para o espiritismo, o que existe é o pecado feito pelo homem nas encarnações anteriores.
Céu: Após uma longa série de reencarnações o homem atinge o estado de puro espírito. Essa situação corresponde ao que a Bíblia chama de céu.
Purgatório: A purificação das almas imperfeitas se realiza através das múltiplas reencarnações, cuja purificação se pode dar aqui na Terra como em outro planeta. O purgatório é a Terra ou um outro planeta.
Inferno: Um lugar de castigo por toda a eternidade não existe, pois isso não teria sentido e seria contra a sabedoria divina, segundo Allan Kardec. Céu e inferno são dogmas criados na Idade Média que tornaram o cristianismo obscuro, segundo o espiritismo.
Novo Testamento: Aceita Cristo e a sua moral. Cristo existiu, mas não era Deus. Aperfeiçoou-se através de muitas reencarnações e conseguiu a escala final das perfeições.
Cristo foi um médium incomparável. Mandado por Deus à terra, veio ensinar-nos como é que podemos nos aperfeiçoar. Cristo não é o nosso salvador. O homem salva-se a si mesmo, seguindo o caminho de Cristo. Jesus morreu apenas para dar um exemplo de conformidade à vontade divina.
BIBLIOGRAFIA – WILGES, Irineu. Cultura religiosa: as religiões no mundo. 8ª cd. Petrópolis: Vozes, 1996.
Certas relações são regulamentadas conforme o texto “Profecia Social“, de forma que ninguém pode agir contrariando regras da natureza ou de forma exclusivamente abusiva, somos limitados e proibidos de interromper ou interferir em projetos regulamentados por entidades superiores.
Nosso cérebro trabalha em freqüências de ondas elétricas. Cada indivíduo possui um ritmo diferente e particular, de forma que permanecemos isolados dos pensamentos alheios. Algumas vezes essa barreira se rompe e as freqüências são igualadas por uma fração de tempo, causando situações como adivinhar uma música ou adivinhar palavras que seriam ditas por outra pessoa que está perto.
Similar a transferência de ondas de uma torre para um aparelho de rádio, metaforicamente somos um rádio em que o sintonizador permanece movimentando-se constantemente, variando o recebimento de freqüências de forma frenética e aleatória. Perceba que as freqüências de onda são infinitas e o rádio usa uma fração limitadíssima de ondas. Desta forma, esta comparação está fora de escala mas serve para exemplificar essas situações.
Quando há uma coincidência de freqüência, normalmente entre duas pessoas, há uma ligeira comunicação do tipo emissor-receptor. O cérebro processa o pequeno trecho-fragmento recebido e o compara com os trechos contidos em sua memória, como um computador consulta seu banco de dados, encontrando assim a continuação de um pensamento pronto. Por esse motivo os clichês, provérbios e ditados populares são normalmente mais fáceis de se adivinhar assim como letras ou sons de músicas. É uma questão de estatística matemática.
