Os Porquês

“Certas derrotas preparam-nos para grandes vitórias.”
(Provérbio)

Enquanto as relações são superficiais tudo é maravilha e muito interessante, mas depois, quando você começa a fazer parte da vida do outro, tudo se torna muito diferente, você começa a enxergar as diferenças ideológicas e comportamentais.

Quem dera fazer com que isso seja entendido. Pior; dera alguém querer entender. É fácil resolver nossos próprios problemas, mas não se faz esforço algum para isso. Gostamos das nossas dificuldades e não queremos nos largar delas. Somos e queremos continuar sendo exatamente aquilo que somos.

Não estou sendo literal, não há fatalidades na natureza e dentro da maioria das regras e produções humanas sempre encontraremos exceções. Você pode não concordar com o que eu escrevo, pois possui argumentos e fatos que indicam possibilidades contrárias, as quais eu não pude perceber. Nada do que dizemos é realmente correto, é apenas pura filosofia e eu considero a hipótese de eu estar errado! Afinal, o comportamento cético, talvez, seja o mais seguro em um mundo complexo e multifacetado, onde nada é certo e tudo passa a ser uma questão de ponto de vista dependendo da direção para onde se olha.

“Sempre que ensinares, ensina também a duvidares do que ensina.”
(Provérbio)

“O relativismo é válido enquanto combate o dogmatismo, mas se levado ao extremo pode tornar-se ceticismo.”
(Provérbio)

Mas, voltando ao assunto dos relacionamentos, Leo Buscáglia escreveu: “(…) relacionamentos rituais: uma interação ritual, como quando você está andando pela rua e diz: “Olá, Mary, como vai?” Ela responde: “Bem”. (Ela está morrendo de lepra, mas diz “bem”.) Aquilo cai maquinalmente. (Você também não se importa se ela vai bem ou não!) “Como vai, Min?” Ela diz: “Ah, o meu lumbago, está me matando…” Você não quer saber. Para que pergunta? Não seria maravilhoso dizer “Olá, Mary”, e olhar nos olhos dela, para mostrar que você se interessa? Não pergunte, se não quiser saber de verdade. Aí, se ela disser, sente-se, acenda uma fogueira e escute.

Um nível mais alto, mas assim mesmo bem estranho, é o que chamo de “conversa de coquetel”, e isso é realmente um material estranho. Falamos sobre todas as coisas seguras, que não interessa de verdade. Você algum dia já foi a um coquetel e disse: “Vamos falar de peito aberto. Vamos falar sobre religião, política, amor. Deus morreu?” Você nunca mais seria convidado!”

Extraído de: (Vivendo, Amando & Aprendendo, Editora Record, Leo Buscaglia – Living, Loving & Learning, 1892.)

Vincent Liopard. is a BIUCS Project.