Capítulo 10
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Um dos principais objetivos dos cientistas da computação é o desenvolvimento de máquinas que interajam com os seus ambientes à maneira sensorial que tradicionalmente caracteriza os humanos, e que desempenhem suas funções, de forma inteligente, sem a necessidade da intervenção humana. A concretização deste objetivo exige que a máquina “entenda” ou perceba o estímulo recebido e seja capaz de tirar conclusões mediante alguma forma de processo de raciocínio.
Tanto a percepção quanto a dedução se enquadram na categoria das atividades corriqueiras que, embora naturais para a mente humana, representam intensas dificuldades para as máquinas. O resultado disto tudo é que a área de pesquisa relacionada com esse objetivo, a inteligência artificial, esteja numa fase muito primitiva em comparação com seus alvos e expectativas.
O tema da inteligência artificial pode ser discutido em dois contextos. O primeiro é de ordem filosófica, no qual são consideradas questões relativas à inteligência propriamente dita, e se máquinas são capazes de processar inteligência real, ou somente simular a sua presença. O outro, de ordem mais científica, no qual se questiona de que maneira a tecnologia pode ser empregada na produção de máquinas que se comportem de forma inteligente.