Princípios da Luz e da Sombra

Uma vez que qualquer objeto opaco absorve a luz, produz uma sombra no espaço à sua retaguarda. Se a fonte de luz é um ponto, a superfície opaca elimina toda a luz que a atinge, produzindo uma sombra de densidade uniforme. Um exemplo é a sombra da mão em uma parede.

Se a fonte luminosa é maior do que um ponto, a sombra varia de intensidade, criando a umbra e a penumbra. A primeira é aquela parte em que todos os raios luminosos são obscurecidos, ao passo que a penumbra é a parte menos escura, não de todo escondida do observador.

São pontos de luz: holofotes, tochas, etc. A sombra encontrada com mais freqüência é a do segundo tipo.

A regra do kagashi-no-jitsu é a de que os olhos vêem primeiro o movimento, depois o vulto e a cor em último lugar. A adaptação ao escuro se dá quando os olhos vão se acostumando com os níveis da iluminação. São necessários cerca de trinta minutos para que as células produzam a púrpura visual que permite aos olhos distinguir os objetos com muito pouca luz. A visão "fora do centro" é uma técnica de focalizar a atenção em um objeto sem olhar diretamente para ele. Quando um objeto é olhado diretamente, a imagem é formada na região cônica do olho, que não é sensível à noite. Quando o olho fita a dez graus acima, abaixo, à direita ou à esquerda do objeto, a imagem se forma nas células alongadas, bastonetes.

O esquadrinhamento é um método de usar essa visão fora do centro para observar um objeto ou uma área. Durante a observação noturna, a púrpura visual das células alongadas embranquecem dentro de cinco a dez segundos, e a imagem desaparece. Quando isso acontece, devemos mudar ligeiramente a posição dos olhos, de maneira que sejam usadas outras células alongadas. Movemos, então, os olhos, com intervalos curtos, na direção do objeto, mas sem olharmos diretamente. Faz-se uma pausa de alguns segundos em cada ponto de observação, porque os nossos olhos são usados normalmente onde há luz suficiente para criar contornos bem nítidos e cores brilhantes. Na escuridao, os objetos são frouxos, o contorno é indistinto, e a cor é pouca ou nenhuma. Para nos movermos na escuridão, temos de acreditar no que vemos. Somente a prática permite tal coisa.